Os  italianos começaram a chegar no Paraná  em 1875. Os pioneiros  foram 50  famílias  que  vieram da região do Vêneto e que se instalaram na colônia Alexandra, distante a cerca de 15 quilômetros de Paranaguá. A sua estação ferroviária foi inaugurada em 1883. É hoje a única que conserva seu aspecto original. Alessandra que virou em Alexandra foi homenagem que o fundador e proprietário da colônia quis prestar à sua irmã. Desde 1870 houve muitos acontecimentos  de  caráter político, e a colônia Alexandra cumpriu seu papel de precursora da colonização italiana no Paraná. Desde o princípio se chamou “a  estação da colônia Alexandra”.  Distrito que pertence atualmente ao município de Paranaguá.




HISTÓRIA:
A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro de 1885. Durante seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra. É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional, projetada por André Rebouças e construída por Teixeira Soares, depois de empresas estrangeiras recusarem a obra devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada, a Serra Verde Express. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R. V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado pela ALL (América Latina Logística), que obteve a concessão da antiga RVPSC.

A estação de Alexandra foi inaugurada em 1883. É hoje a única estação que conserva seu aspecto original em toda a linha, não tendo sido reformada entre os anos 30 e 50 do século XX. Está fechada. Contudo a colônia Alexandra cumpriu seu papel de precursora da colonização italiana no Paraná e serviu de exemplo e origem à segunda e mais bem sucedida tentativa, realizada na colônia Nova Itália, em terras dos municípios de Morretes, Porto de Cima (nesse tempo independente) e Antonina. Desde os primeiros projetos de Pedro Aloys Scherer, Alexandra aparecia como estação intermediária obrigatória para uma estrada de ferro. Lamenha Lins ressaltara esse ponto em seu primeiro relatório presidencial em 1875. Situada a pouco mais de 15 quilômetros de Paranaguá, tinha condições de parada técnica para trens e ao mesmo tempo proporcionava aos colonos um meio rápido de comunicação com os centros consumidores. Desde o princípio se chamou “a estação da colônia Alexandra”. O edifício, conservado quase intacto até os dias de hoje, relembra a figura de Savino Tripoti. Compreende uma área construída de 145 metros quadrados, com dois pavimentos, no km 16 + 180 metros e cota 11,66 m, para quem vem de Paranaguá ao lado direito da linha. No pavimento superior, como era adotado nos locais carentes de acomodação, de pessoal fora da estação, ficava a residência do agente.

Alexandra foi berço italiano no litoral
Graças ao colonizador Savino Tripoti foi constituído o primeiro reduto italiano no Litoral do Paraná. A colônia Alessandra, que após ser sequestrada pelo governo imperial passou a ser denominada Alexandra, foi fundada em 1871.

Tripoti comprou o território situado nas proximidades de Paranaguá com recursos próprios, para a implantação da colônia.

No início chegaram 200 colonos. O italiano teve dificuldade em manter os imigrantes especialmente porque parte fugia para não ter que pagar a dívida de transporte, alimentação e outros benefícios recebidos. Segundo a pesquisadora e autora do livro Colônia Alessandra, Jussara Cavanha, em abril de 1877 um decreto do governo imperial rescindiu o contrato com Tripoti. “Após a rescisão, o governo sequestrou a colônia e transferiu parte dos imigrantes para a Colônia Nossa Senhora do Porto, em Morretes, que deu origem à Colônia Nova Itália”. Os remanescentes não tinham condições de beneficiar a produção de cana porque o governo não procedia a manutenção das máquinas construídas por Tripoti. “Importante salientar que não só a Alessandra, mas outras colônias particulares também tiveram rescindidos seus contratos com Império. Carente de recursos para o pagamento da subvenção devida aos empresários pela importação de imigrantes, o estado optou por rescindir os contratos”, diz a escritora.

Em 1877, último ano da colônia Alessandra, alguns imigrantes italianos e austríacos desembarcaram no Paraná com um panfleto distribuído na Europa pelo agente de imigração Joaquim Caetano Pinto Junior. No panfleto, lia-se: o Brasil forneceria terras e utensílios de graça para os colonos. (Fonte: Gazeta do Povo)

 

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