No início do século XVIII, começam a ser distribuídas as cartas de sesmarias para portugueses e luso-brasileiros de Paranaguá, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As primeiras terras palmeirenses perteceram a João Rodrigues de França.
Do antigo caminho de Viamão, que vinha do Rio Grande do Sul em demanda à grande feira de Sorocaba – (SP) no trajeto do Campos Gerais, circuito dos índios Kaigangues, surgiu um pouso de tropeiros que ali aproveitavam as imensas pastagens para descanso e engorda do gado: Nasce a Vila da Palmeira.
Quem hoje caminha por Palmeira ainda pode sentir, mesmo tão distantes daqueles dias, um certo tom de bucolismo e nostalgia daquele tempo em que as imensas tropas de muares, bovinos e equinos eram levados para a feira paulista, destinados e distribuídos a abastecer o ciclo do Ouro nas Minas Gerais.
A cidade histórica de Palmeira, ainda conserva em muitos d seus prédios e residências e nas igrejas, os traços indeléveis do ciclo histórico e econômico como o tropeirismo.
As condições desfavoráveis da Freguesia de Tamanduá, levaram o Vigário Antonio Duarte dos Passos a estabelecer uma nova Igreja onde hoje se encontra edificada a Igreja Matriz, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Palmeira, cujas terras foram doadas pelo Tenente Manuel José de Araújo, por vontade de sua mulher Dona Ana Maria da Conceição de Sá, por ato de 07 de abril de 1819 (data de aniversário do Município).
A população foi se transferindo para o povoado, nas cercanias do novo templo. A corrente de povoamento se avolumou a partir de 1878 com a chegada dos imigrantes russo-alemães, poloneses, italianos, ucranianos, árabes e mais recentemente os sírio-libaneses, japoneses e alemães menonitas entre outros povos.
Ainda hoje as centenárias fazendas como a Conceição, Palmeira, Padre Inácio, Alegrete, são testemunhas de uma época de muito fausto e riqueza.
A fé de seu povo é registrada em edificações como a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, as Capelas de Nossa Senhora das Neves e do Senhor Bom Jesus do Monte, na localidade de Vieiras, onde o imigrante português Bento Luiz da Costa, erigiu um conjunto de 14 pequenas capelas para pagar as graças recebidas, com suas capelinhas de pedra em formato de cruz.
Também foi em Palmeira o palco da única experiência anarquista na América Latina, a Colônia Cecília, na localidade de Santa Bárbara, pelos idos de 1890/94, liderados pelo Filósofo e Agrônomo Italiano, Giovanni Rossi, que aqui tentou implantar uma colônia anarquista, baseada nos ideais de liberdade.
Quase 200 anos já se passaram do seu surgimento, e Palmeira não se tornou uma cidade velha. Nas suas ruas, praças e recantos nos defrontamos com a história de um povo que tem suas raízes na imigração européia e tantos outros povos, mantendo seus costumes e tradições, formando assim um mosaico étnico, tal qual nosso Paraná.
Palmeira mesmo com as marcas do progresso, continua acolhedora e para muitos ‘Um recanto de felicidade’, pois ‘Os homens fazem sua própria história. Mas não a fazem sob circunstâncias de suas escolhas e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado’ (Karl Marx). Desta forma as gerações futuras terão sua identidade cultural assegurada e, conforme o dizer do Historiador Marcus Vinícius Molinari Machado – ‘Pelo passado presente nos reconhecemos coletivamente como semelhantes; nos identificamos como elementos restantes do nosso grupo e nos diferenciamos dos demais’. Assim os palmeirenses se propõem em fazer juntos, de Palmeira, uma terra acolhedora, capazes de gerar a disciplina, a riqueza e a prosperidade, vivendo e convivendo sempre com uma era de paz, de amor e de alegria, como um altar vivo e florido nos corações, conforme a reflexão do hino.
Porém cuidar e tratar da memória com consciência é compor com historicidade a razão e a existência de um povo, que não deixará sequer uma lacuna de sua história, pois o zelo dispensado a todas as coisas foi feito com primor. Tenhamos certeza, que tudo isto valerá a pena. Assim é certo dizer: ‘Avalia-se a história e a cultura de um povo, pelo zelo dado aos seus pertences’.
Palmeira hoje alicerçada na atividade agropecuária presencia nas útlimas décadas do século XX o desaparecimento da atividade madeireira, para o aparecimento das propriedades que se desenvolvem em regime da economia familiar, prestação de serviços, agroindústria, cultivo de soja, milho, batata, fumo em grandes escalas, movitava pela eminência de novas e tantas oportunidades; por seu clima Histórico e Cultural, Rural e Natural, Étnico e Religioso, Palmeira ‘A Cidade Clima do Brasil’ é um lugar ímpar no mundo, conta com mais de 32 mil munícipes, trabalhando para o progresso desta terra onde os visitantes podem desfrutar de um clima ameno, belezas naturais, a tranquilidade e a hopitalidade de sua gente.
Fonte: Prefeitura Municipal.