Em meados de 1619, Raposo Tavares auxiliado por cerca de 2000 mamelucos, fez posse de todo o Vale do Ivaí.Nessa ocasião, uma cidade chamada de Vila Rica, comandada por um bispo de Assunção – Paraguai, que catequizava os índios.Raposo, como bandeirante, matava e freava os índios.O bispo interferiu e disse que mudaria toda a cidade para o oeste paraguaio. Segundo Ciclo: Brasil Colonial
Portanto, encontrando facilidade para penetrar, a região de Campo Mourão atraiu colonizadores e aventureiros que se arriscavam através de picadões e trilhas. Terceiro Ciclo: Colonização do Vale do Ivaí
A colonizadora Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná, fez o desenvolvimento partindo de Ourinhos para cá. Iniciando com as vendas de pequenos lotes de terras e fundando as cidades.Assim,vários núcleos foram surgindo culminando com Londrina e Maringá, verdadeiros exemplos do que pode a iniciativa privada.
Apesar de haver outras colonizadores, a principal contribuição foi mesmo da Companhia de Melhoramentos do Norte do Paraná, originando:Rondon, Região de Gaúcha, Mirador, Guaporema, Paranavaí, Cruzeiro do Oeste e também Paraíso do Norte.
Segundo o engenheiro civil Leôncio de Oliveira Cunha, foi dele, a penetração que veio a serviço do Governo do Estado do Paraná, do departamento de geografia e da colonização, e em 1943, para fazer a demarcação das glebas de toda esta região.
A procura de lotes por compradores foi tão grande, que esses ficaram conhecidos por “Jacu”, vindos de todas as partes do Brasil.
Leôncio Cunha resolveu escolher um local para a fundação de uma vila. De uma “corruptela”, como ele próprio dizia. A vila nasceu e cresceu, as margens dos ribeirões Palmital e Suruquá, no espigão divisor entre essas águas que fazem parte da bacia do Rio Ivaí, pertencente ao terceiro planalto paranaense.
A partir de 1950, Leôncio de Oliveira Cunha, que até então estava a serviço do estado paranaense, deixou o compromisso com o estado de lado e passou a colonizar por conta própria, começando, assim, por Paraíso do Norte, 1949.
Em 12 de março de 1950, foi fundado Paraíso do Norte, com a inauguração da primeira escolinha, a qual nomearam Manuel Ribas. Neste mesmo dia foi rezada a primeira missa, com o Bispo D. Geraldo de Paulo Sigoto, único Bispado da Região.
Depois, no ponto mais alto da cidade, na avenida Tapejara, foi aberto um clarão com a intenção de se construir um igreja.Percebendo que aquele ponto seria de potencial para a criação do comércio, mudou um quarteirão para trás, na rua Olavo Bilac, onde a Igreja Nossa Senhora Aparecida, se encontra até hoje.
O nome da cidade originou-se de uma situação engraçada. Quando os primeiros colonizadores trabalhavam na abertura da cidade, a situação era complicada, assolados pela fome, sede, doenças, mosquitos, cobras e animais de todos os tipos, os que aqui residiam, ao chegarem em Londrina, no escritório, em contato com os engenheiros, referiam-se a Paraíso do Norte como “Inferno Verde”.Ao fazer o mapa da planta da cidade, o engenheiro colocou o nome de “Inferno Verde”. O senhor Leôncio foi feliz levar o mapa para sua esposa dizendo que ia fazer uma cidade aqui, com o nome de “Inferno Verde”. D. Lazarina pensou um pouco e contestou que o nome para o futuro iria ser prejudicial ao destino da cidade. Sugerindo que de “Inferno Verde” passasse para “Paraíso do Norte”.
As terras pertenciam ao município e comarca de Mandaguari. Com a criação do Município de Paranavaí passou a pertencer a este. Desta forma, foi criada uma sub-prefeitura, e nomeado como sub-prefeito o Sr. Roque Soares Camargo – que contava com dois vereadores da câmara de Paranavaí: Dr. Bernardo Brunstein e o Sr. Alcides Franco de Godoy.
O prefeito era o Dr. José Vaz de Carvalho indicado por Paraíso do Norte, que possuia vários políticos influentes em Paranavaí e no Governo do estado – destacando o Sr Pedro Stocchero, o Sr. Lazaro Figueiredo Vieira da área do PSD. Leôncio de Oliveira Cunha na Arena e o Sr Alcides Franco Godoy no PTB, e o Sr José Furtado Rezende na área do PR, e outros.
Pela Lei 253/54 de 2 de Dezembro de 1954, Paraíso do Norte foi elevada a categoria de Município. A notícia foi recebida com alegria por todos, houve discursos em Alto-falante e festa. No dia 27 de Novembro de 1955 foi instalada a primeira câmara de Vereadores, e empossado o Sr. Pedro Stocchero – 1º Prefeito que venceu as eleições contra o Sr. José Furtado Rezende. Em 29 de Dezembro de 1962, foi instalada a Comarca de Paraíso do Norte. Sendo o 1º primeiro titular o Sr. Dr. Camilo de Andrade Nepouceno.
Fonte: Prefeitura Municipal.