As primeiras incursões de civilizados no território em que se situa atualmente o Município de Ponta Grossa teriam sido a da bandeira de Aleixo Garcia, em 1526, e a de Pero Lôbo e Francisco Chaves, em 1531. Em 1541, Álvares Nuñes Cabeza de Vacca, a caminho de Assunção, percorreu os Campos Gerais e tomou contato com os silvícolas que habitavam as margens do Tibagi. Onze anos mais tarde, Ulrich Schniedel, com quatro soldados alemães e vinte índios paraguaios, atravessava essas paragens vindo de Assunção para São Vicente. Mas só em princípios do século XVIII teve início o povoamento, quando alguns paulistas, atraídos pela beleza da região e excelência das pastagens, estabeleceram suas fazendas de criação próximo aos rios Verde e Pitangui. O pioneiro teria sido o Capitão-Mor Pedro Taques de Almeida, que, tendo obtido a sesmaria da Conceição, aí construiu os primeiros currais, que passaram depois a pertencer a seu filho, o Capitão-Mor José de Góis e Morais.
Logo após, o Tenente-Coronel Domingos Teixeira de Azevedo fundou as fazendas de Santana de Itaiacoca e Botuquara. Os jesuítas, com a doação dos campos de Pitangui, erigiram uma capela sob a invocação de Santa Bárbara do Pitangui e iniciaram uma povoação, que progrediu até a época em que foram expulsos, entrando em decadência desde que as terras passaram para o domínio dos beneditinos do convento de Santos.
Então começaram a surgir propriedades que serviam de pouso às tropas que do Sul se destinavam a São Paulo, principalmente à grande feira de Sorocaba. Construíram os tropeiros um tosco barracão, a que denominaram “casa-de-telhas”, onde eram ministrados sacramentos e celebradas festas religiosas.
Prevendo o futuro da região, o Sargento-Mor Miguel da Rocha Ferreira Carvalhais propôs a fundação de um povoado. Sua proposta foi aceita, só divergindo as opiniões quanto à sede da povoação. Carvalhais então sugeriu a intervenção oracular de um casal de pombos, o qual, solto com uma laçada encarnada nos pés, veio pousar em uma cruz de madeira existente no alto do outeiro onde hoje se situa a catedral. Esse local, devido talvez à vegetação densa que o cobria, era chamado de Ponta Grossa.
O novo povoado tomou o nome de Estrela, mas a 15 de setembro de 1823 foi criada a freguesia, com a denominação de Ponta Grossa e sob a invocação de Santana. Foi elevada a Vila e a Município a 7 de abril de 1855. A 15 de abril de 1871, foi alterado seu nome para Pitangui, mas voltou a chamar-se Ponta Grossa a 5 de abril de 1872.
Em 1878, teve início a colonização russo-alemã, sob o patrocínio do Presidente Lamenha Lins,chegaram a Ponta Grossa 2381 russos-alemães que se estabeleceram na colonia Octávio subdividida em 17 núcleos. A partir daí outros grupos foram chegando á cidade e a ela se integrando. Entre os de maior importância estão os alemães, russos, austríacos, italianos, sírios e portugueses.
A importância da cidade provém em grande parte de sua localização estratégica: entroncamento rodo-ferroviário do interior do estado ligando as principais regiões econômicas e os centros políticos.
Em 1894, os trilhos da estrada de ferro vindos de Paranaguá atingiam a cidade. Em 1899 inaugurou-se a estrada de ferro São Paulo – Rio Grande com oficinas de manutenção em Ponta Grossa. Esta situação de entroncamento ferroviário fez com que Ponta Grossa no inicio do século XX atraísse grandes engenhos de erva-mate, além de olarias, beneficiamento de couro e madeira.
Conheça alguns dos atrativos turísticos de Ponta Grossa:
Parque Estadual de Vila Velha
Criado em 1953, o Parque de Vila Velha tem área superior a 3 mil hectares. As principais atrações são os Arenitos, formações rochosas de formas variadas, a mais conhecida é “A Taça”. Também tem Furnas – grandes poços com vegetação exuberante e água (lençol subterrâneo), e a Lagoa Dourada, que tem este nome devido à coloração que apresenta quando reflete a luz do sol.
Buraco do Padre
O nome está ligado à história dos padres jesuítas que meditavam no local. É uma espécie de anfiteatro subterrâneo com uma cascata de 30 metros de altura, formada pelo Rio Quebra Perna. Para chegar até lá, é necessário percorrer uma trilha de 1 km. Devido à acessibilidade, cadeirantes e pessoas de dificuldade de locomoção podem percorrer a trilha principal.
Alagados
O lago artificial foi criado na década de 40, quando o Rio Pitangui foi represado. Localizado a 20 km da cidade, é o maior responsável pelo abastecimento de água na cidade. O local é ideal para contato com a natureza, sendo uma alternativa de lazer. Lá, é possível praticar atividades de remo, Wind-surf, pescaria, natação etc.
Igreja Matriz – Catedral de Santana
Está na região Central de Ponta Grossa. O projeto foi iniciado em 1978 em substituição antigo prédio. Vitrais e arquitetura proporcionam uma experiência diferente e visão privilegiada da cidade.
Cachoeira da Mariquinha
Rodeada por formações de arenito e mata nativa, a Cachoeira da Mariquinha tem 30 metros de altura e fica a poucos quilômetros do centro da cidade. Além da água cristalina e da vista, o local é ideal para acampamentos, trilhas e caminhadas.
Canyon e Cachoeira do São Jorge
Com muitas quedas de água, o Canyon e Cachoeira do São Jorge têm como atrativo uma cachoeira de 30 metros de altura, além de paredões de pedra ideais para a prática de rappel.
Festival Nacional de Teatro Amador
Realizado desde 1973, o Fenata é um dos festivais de teatro mais antigos do País. Com mais de 1.500 grupos participantes em toda a sua história, atende as categorias adultas e infantis, envolvendo toda a cidade de Ponta Grossa e fomentando o desenvolvimento e o acesso à cultura do teatro no município.
Munchenfest
Principal evento gastronômico e cultural do município. A MunchenFest é a única festa com apoio do Consulado da Alemanha no Sul do Brasil. Promovida há quase 30 anos, a festividade anual proporciona aos visitantes o encontro com a gastronomia e culturas alemãs.
Fonte: Prefeitura Municipal.