Ícone do site Paraná Turismo

SÃO JOSÉ DA BOA VISTA

A historia contada pelos mais velhos é a de que por volta de 1848 o mineiro Domiciano Correa Machado e sua esposa Ana Cândida de Farias Machado, filhos e alguns escravos partiram da cidade de São Caetano da Vargem Grande, no estado de Minas Gerais.

Tinham como destino a 5ª comarca de São Paulo, pois ainda em Minas já haviam feito a compra de uma porção de terra, nesta região, do posseiro Manoel Lopes.

O grupo parou primeiro na Aldeia de São João (Itaporanga, SP) à esquerda do Rio Verde e à direita do Rio Itararé, onde assinalou sua posse de terra, à margem esquerda do Rio Itararé. Para demarcar a terra comprada, ainda em Minas, usou canoas com a ajuda de seus filhos, escravos e os nativos (índios guaranis).

Desta forma subiu o Rio Itararé, com muita ansiedade, posto que estava mudando-se para uma nova região, desconhecida para ele e seus acompanhantes, com certeza de que ali passaria seus dias até a morte. Foi subindo o Itararé que encontrou a sua terra, entre as barras dos Rios Pescaria e Jaguariaíva. Devoto de São José, Domiciano doou uma área de terra na confluência do Rio Pescaria com o Itararé para a construção de uma vila denominada ” São José do Cistianismo “. Localidade esta, que tornou-se foco de migração dos conterrâneos de Domiciano Correia.

Devido ter ido ele diversas vezes a Minas fazendo propaganda da fertilidade do solo e da abundância de peixe e caça, a fim de trazer novos moradores. Quando foi criada a Provincia do Paraná, em 19/12/1853, São José do Cristianismo já apresentava o aspecto de uma pequena vila, que prosperava e crescia em todos os setores, portanto, em 20/04/1870 pela Lei Provincial nº 245 foi criado o Distrito judiciário de São José do Cristianismo.

Segundo o primeiro recenseamento geral do império, realizado em 1872, existiam 3.572 habitantes, sendo 1927 do sexo masculino e 1645 do sexo femino; 3297 livres e 275 escravos e 585 fogos (domicilios). Mas, quando o povoado mais parecia prosperar, o senhor Manoel Bernardino da Silva, grande fazendeiro da região, fez a doação de uma área de terra localizada à margem do Rio Pescaria, duas léguas mais ou menos acima do povoado de São José do Cristianismo, para ali formar uma nova vila que denominou São José da Boa Vista.

São José do Cristianismo estava contaminada por malária, doença que amedrontou e matou muitos moradores. São José da Boa Vista, começou a prosperar rapidamente devido ao melhor clima, e os esforços de Manoel Bernardino, João Malaquias da Silva e seus companheiros, todos proprietários de terras.

A grande prosperidade de São José da Boa Vista começa a ofuscar o progresso de São José do Cristianismo, cujos moradores foram se transferindo gradativamente para a nova localidade, até que em 29/03/1875, pela lei provincial nº 421, a séde do distrito judiciário foi transferida para Boa Vista.

A lei provincial nº 448, de 24/03/1876 elevou o distrito Judiciário à categoria de município e pela lei provincial nº 585 de 16/04/1880 foi elevada à categoria de Comarca, a qual foi suprimida pela lei nº 717 de 09/12/1882, para ser restabelecida pela lei 968 de 02/11/1889. São José se tornou cidade segundo a lei estadual nº 246 de 14/12/1897; Este município prospera, mas, devido ao desbravamento do norte pioneiro acaba perdendo sua força e entra em declínio.

No ano de 1915, Joaquim Miranda, que se dedicava à agricultura fixou residência a 21 quilometros da séde de São José da Boa Vista, porém dentro do território da comarca de Tomazina. Joaquim Miranda como consta, seria o primeiro morador da povoação de Wenceslau Braz. Cidade esta que se desenvolve rapidamente enquanto São José da Boa Vista começava a declinar.

Em virtude do rápido desenvolvimento, Wenceslau Braz é desmembrado da comarca de Tomazina em 16/03/1934 e anexado à comarca de São José da Boa Vista. Porém, em 17/10/1935 pela lei estadual nº 21, a séde da comarca foi transferida de São José da Boa Vista para Wenceslau Braz.

Pela Lei Estadual nº 4.245 de 25/07/1960, São José da Boa Vista foi desmembrado do Município de Wenceslau Braz e elevado à categoria de Município.

Fonte: Prefeitura Municipal.

Atenção: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Portal Paraná Turismo.

Sair da versão mobile