Como começou o Festival e como ele foi concebido?
Eu era o gerente regional da TAM de Foz do Iguaçu e da Cidade del Este. Sempre participava de eventos para divulgar os serviços da companhia. Tive então a curiosidade de saber porque Foz, que é uma cidade que tem todo um potencial turístico, nunca teve um evento de turismo. Percebi que as companhias aéreas não aderiam a ideia. De imediato, consegui apoio restrito da TAM para realizar um evento diferenciado. Como trabalhava com famtours, trazendo agentes de viagens para conhecerem o destino, criei esse esforço para levar os agentes para visitar as cataratas e se encantar, porque não tem como não se encantar. A ideia era mudar o sistema de divulgar Foz do Iguaçu para os agentes de viagens. Já nas primeiras edições eu já percebi que os Chilenos, Paraguaios e Uruguaios chamavam seus compradores e fornecedores brasileiros para se encontrarem durante o evento. Então o Festival nasceu para divulgar Foz e se tornou um evento para divulgar os atrativos do Mercosul. Eu sempre digo que durante o mês de junho, Foz do Iguaçu se transforma no centro de negócios de turismo do Mercosul.
Você consegue lembrar números aproximados da primeira edição, de visitantes e expositores?
Na primeira, recebemos 470 agentes de viagem e 80 expositores. Já começou com um tamanho interessante. E no último ano tivemos mais de 7 mil inscritos, foi o recorde. E aproximadamente 600 marcas com mil expositores. É considerado o 4º maior evento de turismo do Brasil e o 2º do sul do Brasil.
E quando aconteceu um maior envolvimento do Mercosul?
O Paraguai participou desde a primeira edição, a Argentina a partir da segunda e o Uruguai está na terceira participação. Agora também já temos a presença do Chile, Peru e a República Dominicana.
Falando das parcerias da Paraná Turismo ao longo do tempo no evento e da Embratur, o presidente Vinicius Lummertz tem uma paixão especial por Foz do Iguaçu.
O Vinicius sabe a importância de Foz do Iguaçu como um destino potencializador de demanda turística pro Brasil. Ele sempre está em Foz e comparece a todos os eventos. A Paraná Turismo desde a primeira edição participa do evento. Quando da ideia de fazer o evento, a primeira instituição que procurei para a formatação do evento foi a Paraná Turismo. E de 2 anos pra cá, a Paraná Turismo participa levando os destinos turísticos do Paraná, a gastronomia e tem se posicionado muito fortemente com esses profissionais do turismo que vem ao evento. A Paraná Turismo é uma das grandes parceiras do Festival com a Mostra Turísticas da 14 Regiões do Estado e com todas as atrações. E para os próximos anos vamos fortalecer cada vez mais a parceria, fortalecendo o turismo no Paraná.
Foz do Iguaçu é um destino indutor, ao lado do litoral e de Curitiba e por ser tão relevante pela importância de turistas estrangeiros no estado e até no país, então é uma parceria que precisa ser ampliada porque é bom para ambas as partes?
O dinamismo do Professor Jacó Gimennes e a vontade que ele tem de fazer as coisas, e da Vania Climinacio – que é a mãezona do evento, porque desde o primeiro momento se disponibilizou para fazer, sendo a grande incentivadora dentro da Paraná Turismo – nos dão a certeza de que é uma união de sucesso. Unidos e trabalhando juntos, é sempre muito gratificante. A Paraná Turismo, dentro do evento faz o que quiser, porque sei que o que fizer, será bom para os dois.
Qual será a data do próximo Festival?
Será nos dias 28, 29 e 30 de junho de 2017. Porque é a baixa temporada da região. E conseguimos uma série de apoios.
Você já citou que foram mais de 7 mil agentes e visitantes na edição desse ano, qual é a projeção para 2017?
Nós sempre trabalhamos com 15% de aumento, para visitantes e expositores. Todos os anos conseguimos alcançar esse aumento.
Quantos jornalistas estiveram esse ano e qual a projeção para o ano que vem?
Convidados pelo evento, tivemos 83 jornalistas especializados em turismo, de todo o Mercosul. Mas tivemos aproximadamente 240 inscritos na categoria de jornalista. Então eles também tem participado ativamente, e tem identificado o evento como inovador, e sendo referência para outros eventos.
Teria como antecipar alguma novidade para o Festival do ano que vem?
Na área de tecnologia nós vamos ter mais algumas novidades. Teremos ainda uma rodada de negócios. Além da rodada de Turismo Rodoviário.
O Salão de Vinhos Argentinos teve a primeira edição esse ano? Será repetido em 2017?
A primeira edição foi um sucesso. Já foi contratado o dobro do espaço, com mais de 40 vinícolas para exposição em 2017.
Você tem buscado inovações e diferenciais porque ouvimos bastante em feiras e similares expositores falando que as feiras precisam de reinventar. Isso realmente é um fato?
Claro, nós não podemos entrar nos lugares comuns. A realidade é que o mundo está em constante transformação, de divulgação e tecnologia. E nós temos que estar atentos a isso. Assim, a todo ano buscamos alternativas tecnológicas, que potencializem as vendas de nossos expositores e dos agentes de viagens. E dentro dessa linha que inovaremos sempre. Eu fico muito feliz, porque foi uma ideia interessante que transformou a nossa região na maneira de divulgar. E não só Foz, mas o Paraguai e a Argentina também. Então eu fico satisfeito por ser uma ideia que deu certo e que temos certeza que continuará crescendo em função das inovações que implementaremos a cada ano.
Resuma em uma frase como você resume o Festival?
Inovação na busca para aumento de demanda turística.
E se for usar somente uma palavra?
Inovação