As terras encravadas na vasta e rica região que vai desde as margens do Rio Tibagi até as barrancas do Rio Paranapanema foram vendidas pelo governo do Paraná a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, de propriedade de firma inglesa. A mata virgem povoada de segredos e animais cobrindo uma fertilíssima região foi sendo devastada e as seculares árvores foram dando lugar aos verdejantes cafezais e com eles surgirão as grandes cidades.
Isso graças ao dinâmico engenheiro da Companhia Melhoramento Norte do Paraná e gente deste Brasil afora: paulistas, mineiros, sulinos e nordestinos que para aqui vieram em busca das riquezas providas do ouro verde.
A partir do ano de 1945 a Companhia Melhoramento Norte do Paraná estendeu sua ação colonizadora para a região cognominada “Norte Novíssimo”. Foi aberta na mata ainda despovoada uma enorme picada que rasgou desde a Vila de Capelinha (atual Nova Esperança) até as barrancas do Rio Paranapanema, originando a Estrada Inglesa.
Por esta picada penetraram os engenheiros da companhia, os quais em demanda para o Porto Ceará acamparam num planalto situado há alguns quilômetros da Vila Capelinha, local para a fundação de uma nova linha à qual deram o nome de “Patrimônio Uniflor”.
O marco da Vila que dentro em breve estaria formada, foi plantado bem no coração da mata que cobria o planalto (hoje Praça Pedro Arnaut Toledo), e era constituído com uma placa onde se lia “Futuro Patrimônio de Uniflor”.
Em meados de 1950, as terras Uniflorense já estavam divididas nos vários lotes que compõem o município. O senhor Antônio Cândido foi um dos primeiros adquirentes de um lote, para plantio e cultivo do café, o referido senhor Antônio Cândido, convidou o senhor Mário Mandadori, agricultor residente na cidade de Marialva, que foi o primeiro morador do povoado.
Na manhã do dia 05 de outubro de 1950 chegou o senhor Mário Mandadori, aquele que seria então o primeiro habitante. Aqui chegando, o pioneiro, desbravou um pedaço de mata para construir sua casa rudimentar para sua habitação, a primeira construção da Vila (hoje local do armazém de secos e molhados de propriedade do Senhor Júlio de Marchi). Não tardou muito para que aqui chegassem outros colonos, destacando-se os senhores Vicente Ferreira de Melo, Nelson Souza Garcia, Fortunato Guarnieri, José Ayres Sobrinho, Antônio Merenda e outros.
A marcha do tempo prosseguia, as matas eram tombadas ao chão. Da terra brotavam os primeiros cafezais que iriam em breve converter-se na principal riqueza do lugar. Casas eram construídas, caminhões chegavam, mudanças eram descarregadas e nos meados de 1951 já estava formada a Vila Uniflor, pertencente ao Município de Nova Esperança.
Com a chegada de mais e mais famílias a vila foi crescendo e veio a preocupação da primeira escola primária, a qual era particular e possuía um número de 15 alunos. A escola funcionava na praça da Rodoviária, em um prédio do Senhor Mário Mandadori, sendo a primeira professora e diretora a senhora Maria Aparecida de Silva Ayres. Quando Nova Esperança foi elevada à categoria de município desmembrando-se de Mandaguari, Uniflor passou a compor o seu território. Pela Lei Municipal nº 62 de 29 de Maio de 1954, onde foi elevada à categoria de Distrito Administrativo.
Dizem que quando os engenheiros da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná passaram por este lugar, estava uma seca muito grande e em meio à vegetação castigada, nas margens de um córrego, eles encontraram apenas uma flor, então passaram a chamar Córrego Uniflor, e é onde hoje é a cidade. Atualmente todas as ruas de Uniflor, que antes tinham outro nome, têm nome de flores.
Fonte: Prefeitura Municipal.